
Jovens falam sobre expectativa como monitores de mostra da Shoá, em SP
30 jovens judeus paulistanos fizeram recentemente atividade de capacitação para a exposição “Tão somente Crianças – Infâncias Roubadas no Holocausto”, que estará aberta ao público em São Paulo de 11 de março a 10 de abril, com organização da entidade feminina Wizo e do Museu do Holocausto em Curitiba. A capacitação foi ministrada por Carlos Reiss, responsável técnico do museu.
Uma parceria foi estabelecida com a Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, que incluiu o evento no calendário escolar de 2014. Já está agendada a visita de cerca de 4.000 estudantes, com a visita diária de quatro escolas. Para agendamento, contatar (11) 3257-0100, com Helena.
Os monitores são jovens com idade entre 15 e 18 anos, e muitos deles participaram do programa Marcha da Vida, que visita os campos de extermínio nazistas na Polônia. Eles se voluntariaram para a monitoria, pois consideram importante transmitir a história do Holocausto para pessoas que possuem pouco conhecimento sobre o tema. “É muito gratificante poder participar de uma exposição tão importante”, disse um jovem.
“Temos o desafio de mostrar que as crianças retratadas na exposição tinham famílias e sonhos – como as crianças de hoje. Assim, uma de nossas funções como monitores é trazer a experiência do que aconteceu naquela época para 2014. Somos responsáveis para que nada semelhante jamais volte a ocorrer”.
Que reação os jovens monitores esperam do público? “Que eles percebam que a causa principal do Holocausto foi o preconceito. E que este continua a acontecer hoje, ainda que em grau e modo diferente, como o bullying. Queremos que o público conclua que temos que nos unir contra qualquer tipo de discriminação”.
O presidente da Associação Casa da Cultura Beit Yaacov, idealizador da exposição e do Museu do Holocausto, Miguel Krigsner, comenta: “A violência contra as crianças ao redor do mundo não pode mais ser admitida, e a proposta desta exposição é promover a reflexão do que pode ser feito para combatê-la e também para evitar que genocídios como o Holocausto voltem a acontecer. Destacando as crianças, discutimos qual sociedade estamos dispostos a proporcionar a elas".
A mostra estará em cartaz diariamente (incluindo finais de semana), das 9h30 às 17h, no Espaço Belvedere do Stand do Jardim das Perdizes, Avenida Marques de São Vicente x Avenida Nicolas Boer (Esq. Viaduto Pompeia), em São Paulo. O evento tem o apoio de Conib, Fisesp, Consulado Geral de Israel em São Paulo e Embaixada de Israel.
O programa Marcha da Vida foi criado em 1988 para contar aos jovens a história da barbárie nazista e refazer o percurso entre os campos de extermínio de Auschwitz e Birkenau, que costumava ser feito a pé pelos prisioneiros, num caminho sem volta.